Na Aurora, o trabalho feito com as crianças neuro divergentes faz parte do nosso cotidiano, uma vez que temos como papel da escola e da educação encontrar formas de ensinar que se adaptem às necessidades da neurodiversidade. Aqui, temos como objetivo que as crianças vejam a diversidade com outro olhar, com respeito e com entendimento das necessidades, habilidades e dificuldades de cada pessoa. Trabalhamos com a inclusão de forma a criar autoestima e fornecer recursos para que, cada vez mais, estas crianças superem desafios.
O termo “educação inclusiva”, segundo José Pacheco, significa a compreensão de diferenças e o direito de cada criança de aprender dentro do contexto social da sala de aula, com acesso ao currículo, e de se dedicar a atividades de aprendizagem que reforçam sua autoimagem e autonomia.
As práticas inclusivas na Aurora vem com o intuito de promover a formação de relacionamentos em um ambiente afetuoso e atencioso; a igualdade e a possibilidade de apoio permanente; a interação social e participação ativa dos sujeitos no cotidiano. Por isso, é essencial que os processos individuais sejam considerados acima dos resultados finais obtidos, evitando a comparação entre as crianças. A Abordagem que usamos na Aurora proporciona estas possibilidades, uma vez que não temos avaliações formais, como provas.
Trabalhar com inclusão é ter a consciência do fato de que todo ser humano tem necessidades que devem ser tratadas adequadamente. Novamente, nossa Abordagem cria oportunidades de adaptação do currículo à realidade de cada criança que habita nosso espaço, considerando o trabalho em pequenos grupos, as propostas elaboradas pelos professores de acordo com o nível individual e o olhar e escuta atenta dos educadores no dia a dia.
A criação de planos educacionais individualizados (PEIs) é outro ponto essencial de uma escola inclusiva, pois eles permitem entender as necessidades das crianças neurodivergentes e pensar no modo como elas são atendidas, com priorização de tarefas e estratégias de adaptação, tanto cognitivas quanto emocionais. É necessário pensar nestas práticas sem segregação das crianças de inclusão, sem afastamento do restante do grupo. É foco do trabalho na Aurora o crescimento afetivo e emocional das crianças e acreditamos que uma aprendizagem cooperativa incentiva os processos inclusivos, de forma que todas as crianças aprendam dentro do contexto social de uma turma neurodiversa.